março 11, 2011

O vadio da meia-noite.

Dez horas da noite e ninguém ligou ainda. Acho que hoje vai ser Trapeau, Trapeau e a garrafa. Falta escolher a parceira: Uísque, vinho, Gim ou vodka. Naquela noite estava mais pra Uísque. E depois de abastecido, foi de bar em bar, clube em clube e passou a noite assim:
Boêmio passageiro, copinho na mão
O piano bêbado trazendo à tona um velho jazz
E o violão puxando uma bossa-nova
O músico quebra meu gingado e requebra minha paciência
Dou-lhe aquela sova
E ele dança sob música nova.
Mas não se basta a me observar puxando papo com aquela garota logo ali
O pentelho checa no espelho e logo mete o bedelho
E o clima se vai, mais uma camisinha sem uso. Um puta abuso!
Chego a casa, cambaleando pelas escadas
Lembrando, lamentando
Ponho um disco de Memphis Slim
Esquento a pizza, ainda filosofando
“Todos meus amigos vão casar, e minha calvície vai começar a pegar E eu não vou ter ninguém pra aceitar isso Até minhas mais íntimas putas irão reclamarDizendo que eu poderia ter escolhido outra área pra não ter cabelo” Solidão é um conceito contestável, digo isso. Duvidoso pra não dizer mais. Pra uns tanto faz. Eu me atenho a ficar quieto.

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