maio 12, 2011

cigarrete fatale

Wide Field, safra do ano passado
Suave
Amassado pelos pés de freiras cegas
Atrás de algum barraco no oeste do estado.
quase tão bom quanto suco de uva e vodka
Que arde um pouquinho o figado
Arde e cura,
minha gastrite.
E faz a cabeça girar de um jeito gostoso
No zum-zum de opiniões
Vai e vem de copos
Entra e sai de quem estiver afim
agora, um cigarrinho
Aquele que você fuma no auge
achando que nada pode te abalar
Logo depois de virar uma dose de alguma coisa bem ruim
Dá aqueles tragos, afobados
Mas mal sabe você que se trata de um cigarrete fatale
Aqueles que te destroem
A pressão baixa
E a cabeça gira um tanto violentamente
A respiração deixa de ser automatica
E voce fica lá pensando
"Inspira, expira"
Não sabe muito bem quando tempo dá pra cada movimento
E dá aquela corridinha pro canto
Só pra ter certeza
Que não vai ter que limpar vomito
na camisa de alguém.

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