abril 27, 2011

A derradeira carta de Trapeau.

"Po, to aqui. Fumei e bebi até dizer chega. E to com saudades, bicho.
to com saudades de quando a gente saía pra fazer nada.
E era o máximo.
Sinto saudade das aventuras
Na infancia, pelos muros da vizinhança
E da adolescencia, em busca distrações drásticas do agora.
E eu sinto saudade de ser belo.
De todas as histórias, lendas pessoais.
Romantizando a vida.
Botando a merda no pedestal.
Em luzes diversas
Claras, escuras,
Coloridas
Deixa eu pegar o saca-rolha, cara
e pedir
Por favor,
Só devolve minha alma.
Por favor.

Abraços, Trapeau."

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