julho 19, 2011

Caso com Luiza

02:00 o Trapeau nao conseguia dormir direito, estava na sala da menina, em um prédio da parte nova da cidade, que ele nao conhecia bem. De tempos em tempos olhava pela janela, primeiro o horizonte para se encontrar, depois para baixo murmurando sambinhas da década de 70.
03:00 e ele ainda na mesma. Ela dormia fundo, mal reagiu quando ele tinha saído da cama uma eternidade atrás. Para piorar ele cossava as maos para nao ir lá sacudir ela.
Foi espiar, abriu uma frestinha da porta. Falou e mal ouviu a própria voz:
- Acorda, Luiza, sua vagabunda. Me faz um sanduíche ou uma massagem, faz algo que preste.

Sete horas depois entra descabelada a Luiza na sala para encontrar o belo amante tomando o resto do uísque, bem do jeito boêmio-romantizado que ela gosta.
- Bom dia!
- Só vai ser quando você me tirar daqui.
- Por que a pressa? Parece que nao dormiu..
- Pois é, acho difícil de dormir acima do sétimo andar.

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